sábado, 23 de maio de 2009

silêncio

poucas luzes pequenas
palavras sons quase
inaudíveis

uma chuva fina na janela

pernas trespassadas por
pernas o ardido do vinho bocas
desgovernadas

vertigens de prazer descerradas dos olhos

corpo dentro de corpo línguas
avermelhadas soltas
pela casa

as paredes desfazendo se nas mãos


noite vagarosa cobrindo a janela

pequenas luzes poucas
palavras

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