quarta-feira, 27 de maio de 2009

todas palavras

para Manuel Antonio Pina



não acredite nas que estiveram tão
perto feito uma
respiração nas que
desistiram nem

nas que jamais foram
ditas por
mim ou por
você nas que

se perderam

não acredite nas que me
lembro que roçaram em
vão a
memória que se

tornaram
desejo que fizeram
nascer e morrer a
manhã

depois do poema persiste
só o
silêncio

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